Análise: Resistance: Burning Skies (PS Vita)
Ficha de Jogo:
Editora: Sony Entertainment
Produtora: Nihilistic
Género: FPS
Plataforma: PS Vita
Resistance: Burning Skies finalmente responde à pergunta: qual a falta de um segundo analógico nas antigas consolas portáteis?
É que agora com este mítico FPS da Sony percebe-se a falta que um segundo analógico traz a toda a mecânica de acção do jogo, apesar de Burning Skies não aproveitar o potencial da PS Vita, chega em alguns momentos a usufruir de mecânicas interessantes.
Pode não fazer o melhor uso da Vita, porém consegue incorporar na jogabilidade algumas mecânicas da portátil, como o ecrâ táctil, permitindo por exemplo o lançamento preciso de granadas (ou pelo menos pensavam assim os produtores do jogo), e interagir com o cenários, mais propriamente com obejctos do cenário de modo a utilizá-los a nosso favor e protecção. Em suma, todas as mecânicas de um FPS, estão pelo menos esboçadas neste novo título de Resistance, graças em boa verdade ao segundo analógico.
Tal como é costume na série, e para deleite dos fãs, continua a existir um vasto arsenal de armas ao nosso dispôr.
Resistance: Burning Skies, faz regressar algumas das armas mais épicas e exóticas da trilogia original da série. As oito armas principais presentes podem ser melhoradas, isto é, com algumas limitações, mas sim, podem ser melhoradas, como por exemplo aumentar o seu cartucho, ou aplicar uma mira telescópica e mesmo melhorar o poder de fogo delas.
Até aqui tudo muito bem, ou pelo menos, tudo razoável, só que os problemas chegam quando, sendo este um jogo um FPS, não deveria falhar...e aqui deparamo-nos com um grave problema que é: o sistema de colisão e protecção. Imaginam o quão irritante é estar numa protecção, ter um inimigo na mira, mesmo pronto a morrer, e depois acertam do nada na barreira? Pois então irão ficar extremamente irritados com Resistance: Burning Skies, pois esse é o prato do dia.
Ainda mais irritante é usar o ecrâ táctil para lançar uma granada, e devido à falta de sensibilidade, era bater numa parede, por exemplo, voltar para os nossos pés, e rebentar em cima de nós, obrigando-nos a fugir da protecção e a ficar em espaço aberto.
Este aspecto é agravado ainda pelo simples facto de ser necessário gastar imensos cartuchos só para matar meia-dúzia de adversários acessiveis. E depois existe ainda o desnível existente entre os inimigos, tanto conseguimos matá-los com um ou dois tiros, como precisamos de gastar dois cartuchos em cima deles!
Os inimigos aparecem em vagas, e o que mais interessa não é a sua qualidade mas sim em que quantidade. A IA é completamente um fracasso, os inimigos são estáticos, simplesmente não se movem e não procuram protecção alguma, simplesmente correm como suícidas na nossa direcção.
Mesmo que tenhamos companheiros de armas, eles não ajudam, e quando intervém, muitas vezes é só para atrapalhar!
A série não é famosa por ter uma narrativa de veras interessante, e Burning Skies muito menos será...
Este capítulo da série conta a história de um bombeiro, Tom Riley, que vê a sua filha e mulher serem raptadas aquando da invasão dos Chimeran.
A campanha, transporta-nos ao longo de seis níveis, por cenários sem qualquer trabalho de fundo, sem carisma, e completamente estáticos, simplesmente preenchidos por vagas e vagas de inimigos.
Tinha tudo para ser uma boa adaptação à Vita, porém falha onde não deveria falhar um FPS, que é nos aspectos da mecânica de jogo, como a IA e o sistema de colisão.
Conseguem sem problemas completar a campanha em seis horas e depois desfrutem de um online sem novidades até 8 jogadores.
Este jogo demonstra a evolução que o segundo analógico trouxe, porém ainda há um longo trilho pela frente até se atingir a qualidade dos FPS em consolas domésticas...um longo trilho...
Nota: 5,7/10