Análise: Resident Evil: Operation Raccoon City (XBox 360)
Ficha de Jogo:
Editora: Capcom
Realizadora: Slant Six
Género: Acção/Aventura/Survival Horror
Plataformas: PlayStation 3, XBox 360
Completa desgraça
Muito se especulava sobre o novo Resident Evil, um dos grandes sucessos da Capcom...porém esta espectativa saiu um pouco ao lado...
Tudo começa na cidade Raccoon, palco deste jogo, nós pertencemos à Umbrella Security Service's, e estamos a actuar numa cidade completamente infestada de zombies de todas as formas e feitios! Completas torrentes de zombies aparecem constantemente à nossa frente, no entanto quando julgamos estar preparados para a horde de mutantes que se põe à nossa frente eis que mais uma vez ficamos desiludidos pois os inimigos simplesmente parecem de esponja! Podem despejar uma arma inteira, granadas, tudo nele e muito dificilmente ele morrerá após tudo isso!
Apesar de estarem presentes ambientes famosos, como a loja de armas Kendo, e do ambiente citadino, tudo o que nos rodeia são luzes encarnadas néon e puros momentos de escuridão em que mais precisaríamos de uma lanterna do que uma arma ou do que os inúteis dos companheiros geridos pela IA.
(Gostam do escuro?)
Novo sistema de cobertura
Residen Evil: Operation Raccoon City tenta inovar a saga com novos sistemas de cobertura, tendo como principal objectivo automatizar e facilitar o sistema de cobertura, no entanto acaba por o tornar ridículo e ineficaz, pois por exemplo, se nos aproximarmos de um muro ou parede ele automaticamente fica no sistema de cobertura, mesmo que não tenhamos essa intenção, no entanto por vezes no meio de tiroteios quando queremos protegermo-nos numa parede o motor de jogo simplesmente não responde e o sistema de cobertura falha redondamente, ficando expostos aos inúmeros zombies que nos presseguem, e não contem com os companheiros (IA) que vos acompanham pois eles simplesmente não reagem!
Os tiroteios até são fluídos porém tornam-se irritantes pois muitas das vezes disparar contra os inimigos é o mesmo que disparar contra bonecos de palha imortais que simplesmente absorvem o dano, o que se torna de veras frustrante!
Toda esta dificuldade em matar zombies faz com que muito raramente ou mesmo nunca, sintamos que estamos com uma arma com poder na mão, pois ela simplesmente é muitas vezes um instrumento sem utilização nenhuma! E num jogo onde se gastam tantas balas por zombie porque é que a Capcom não tratou de espalhar pelo mapa munições a condizer com as necessidades?! É que de facto temos que fazer uma gestão quase insustentável de balas!
Reviver? Quase impossível
E os erros continuam pelo jogo fora...
Por exemplo, algo que costuma ser simples e eficaz nos jogos de aventura e acção que envolve IA e companheiros controlados pela IA, costuma resultar o sistema de fazer reviver companheiros, porém em Resident Evil: Operation Raccoon City torna-se quase impossível, quer seja por desaparecermos em paredes invisíveis, quer seja por sermos 'sugados' pelo chão ou quer seja por existirem tantas balas usadas e tantas armas no chão que se torna impossível de nos alcançarem, resultando obviamente em morte certa!
(Tantos zombies!)
Escassa diversão
Torna-se raro encontrar diversão e sentimento de recompensa em Resident Evil: Operation Raccoon City, porém se procurarmos bem, lá conseguimos encontrar alguns momentos reconfortantes, como por exemplo quem não gosta de fazer múltiplos headshots em zombies esfomeados? ou quem não gosta de ajudar companheiros ou civis infectados com o vírus dando-lhe um spray próprio?, claro que os momentos são raros mas ao fim de quatro horas de jogo foram mesmo os únicos momentos que valeram o esforço todo!
Veredicto
Resident Evil: Operation Raccoon City é uma autêntica desilusão...uma autêntica perda de tempo...infelizmente...
Parece que não foi desta que reconquistaram o público...
Nota: 4,0/10